Termografia

Referências

1.      B.B.Lahiri et al. Medical applications of infrared thermography: A review. Infrared Physics & Technology Volume 55, Issue 4, July 2012, Pages 221-235

2.     Carolin H. et al. An Overview of Recent Application of Medical Infrared Thermography in Sports Medicine in Austria. Sensors 201010(5), 4700-4715

O que é Termografia?

A termografia clínica é um método diagnóstico baseado na captação da radiação infravermelha (calor) emitida pelo corpo humano.

O exame é realizado no próprio consultório através de uma câmera fotográfica especial, que capta o calor das diferentes partes do corpo. A informação captada pela câmera é transformada em um “mapa colorido” (como ilustrado ao lado), que nos permite avaliar uma série de doenças.

Fisiologicamente (em condições normais), o corpo humano é simétrico do ponto de vista térmico – ou seja – a temperatura do ombro esquerdo é a mesma que a do ombro direito, a temperatura da coxa direita é a mesma temperatura que a da esquerda, e assim sucessivamente com todas as partes do corpo. Qualquer assimetria térmica entre partes correspondentes do corpo deve ser investigada, pois pode representar alguma doença. Do ponto de vista clínico, consideramos significativa qualquer assimetria acima de 0,3 graus Celsius.

Como é feito o exame?

O exame de termografia pode ser feito no próprio consultório, é indolor, não existe emissão de radiação e não necessita da injeção de nenhum tipo de contraste. O paciente deve permanecer cerca de 15 minutos em uma sala com temperatura entre  20 e 23 graus Celsius (climatização do paciente); logo em seguida, inicia-se o exame, que dura cerca de 10-15 minutos. As imagens são transferidas da câmera para um computador, para que o médico termologista as analise e faça o laudo.

Para quem está indicado o exame de termografia?

A termografia clínica nos permite avaliar uma série de condições, desde respostas fisiológicas, testes com medicamentos anti-inflamatórios e vasoativos, até patologias das mais diversas etiologias. Dentre as condições que podem ser avaliadas com a termografia clínica, cita-se:

. Lombalgia (dor lombar)

. Cervicalgia (dor cervical)

. Radiculopatias (“pinçamento” de raízes nervosas que pode ser determinado por hérnia discal)

. Dor miofascial (dor de origem nos músculos e fáscias)

. Avaliação de pontos-gatilho

. Artralgias (dores articulares)

. Tendinopatias

. Bursites

. Fascíte plantar

. Fibromialgia

. Lesões do esporte e do trabalho (LER/ DORT)

. Avaliação de atletas com lesão (risco de re-lesão/ avaliação para retorno às atividades)

. Neuropatias periféricas (polineuropatia diabética, por exemplo)

. Síndrome da dor regional complexa

. Avaliação e follow-up do pé diabético

. Avaliação de distúrbios microvasculares (doença de pequenos vasos), como tromboangeíte obliterante e fenômeno de Reynaud

. Reperfusão de órgãos transplantados

. Avaliação da perfusão de membro com risco de gangrena

. Avaliação de taxa metabólica

. Avaliação de risco cardiovascular

. Avaliação das mamas

Enfim, a termografia pode auxiliar o médico na avaliação de vários cenários clínicos, contribuindo sobremaneira para um diagnóstico mais preciso.

Além da contribuição diagnóstica, este exame nos auxilia ainda no campo terapêutico, pois nos entrega informações que possibilitam “guiar” o local mais adequado para se fazer um bloqueio anestésico teste ou algum outro procedimento, aumentando dessa forma a precisão do tratamento.