O que é Lombalgia?
A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior.
Já a lombociatalgia, é a dor lombar na região lombar inferior que se irradia para a região glútea (nádegas) e/ou para a coxa e perna, podendo chegar até os pés. Esta irradiação da dor acontece na distribuição do nervo ciático, por isso a denominação lombociatalgia. A lombociatalgia pode comprometer um lado só (direito ou esquerdo), mas pode ser bilateral.
A dor na região lombar pode ser:
Aguda: duração menor que 3 semanas;
Subaguda: duração entre 3 semanas e 3 meses;
Crônica: duração maior que 3 meses.
A lombalgia é um problema muito prevalente (extremamente comum), sendo a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais, só perdendo para o resfriado comum. Entre 60% e 80% da população mundial desenvolve dor na coluna em alguma fase de suas vidas. Na maioria dos casos há resolução (melhora) espontânea; em cerca de 5% a 10% dos casos, os sintomas persistem por mais de 6 meses ou apresentam agravamento.
O que causa a lombalgia?
Existem várias causad de dor na região lombar. Dentre as estruturas que podem ser fonte de dor, podemos citar:
- Ossos: edema ósseo, infecção (osteomielite), tumores ósseos;
- Articulações: artrose, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite reativa;
- Discos intervertebrais: abaulamentos, protrusões, extrusões (“hérnias);
- Ligamentos: espessamento e degeneração dos ligamentos amarelos e interespinhosos;
- Músculos: ponto-gatilho, estiramento e lesões musculares (existem vários músculos na região lombar);
- Doenças sistêmicas que podem predispor e piorar a dor lombar, como por exemplo doença renal, diabetes e hiperuricemia.
Na prática, a maioria das dores lombares é causada por postura inadequada e por esforços repetitivos. O esforço repetitivo, geralmente realizado de forma inadequada, sobrecarrega as estruturas da coluna, iniciando as lesões que irão resultar em dor.
Além dos esforços repetitivos, postura inadequada, pequenos traumas, excesso de peso (sobrepeso e obesidade), trabalhar carregando peso, trabalhar muito tempo agachado, posição não ergonômica no trabalho e condicionamento físico inadequado também sobrecarregam as estruturas da região lombar; portanto, contribuem para o aparecimento de lesões e dor.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é estabelecido clinicamente, através de uma anamnese médica detalhada e de um exame físico minucioso.
Os exames complementares nos conferem um panorama geral de quais estruturas estão lesadas; entretanto, nem toda estrutura que demonstra alteração em uma ressonância magnética, por exemplo, é responsável pelo quadro doloroso. É preciso de uma avaliação médica cuidadosa no sentido de se estabelecer qual a principal fonte de dor do paciente.
Eu diria que os exames complementares são particularmente importantes em alguns cenários:
- Casos de dor aguda intensa;
- Dor crônica com piora acentuada e repentina;
- Dor refratária (que não melhora);
- Quando existem sinais de alerta, como febre, perda de peso, déficit neurológico.
Quais exames podem ser solicitados?
Dentre os exames que podem auxiliar no diagnóstico da lombalgia/ lombociatalgia, temos:
- Raios-x simples
- Raios-x dinâmico
- Tomografia computadorizada
- Ressonância magnética
- Pet-scan
- Cintilografia óssea
- Eletroneuromiografia
- Termografia
Tratamento
O tratamento é individualizado; baseado no diagnóstico de cada paciente.
O objetivo do tratamento é o alívio da dor, o que pode incluir:
- Adequação de dieta;
- Adequação de sono;
- Correção postural e de ergonomia no trabalho;
- Prática de exercícios físicos;
- Medicamentos;
- Fisioterapia;
- Procedimentos minimamente invasivos;
Especialmente em casos de dor crônica, sempre sugiro que a melhor abordagem é a multidisciplinar: médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, psiquiatra, educador físico.